terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ILUSÃO DESILUDIDA

Ao me fundir no seu mundo me desencontro,
e quando me encontro desapareço.
Lócus de pertencimento instável esse o qual habito,
regredindo aos passos da desilusão da minha onipotência.
Não nego a clama pela aliança entre o bem e o mal,
mas o que sobeja não ultrapassa de uma falha da sinceridade,
e da luz da veemência que frustra em incendiar.
Bastando o aniquilamento inclinado a minha ilusão
ao admirar palavras arriscadas em linhas tortuosas.

Do desaparecimento surge somente a vaidade
na tentativa de um  investigador ardente,
como o Sol abraçando a ilha cercada e
achegada pela serenidade do infinito.
Da ilusão eu era a ilha,
absoluta dentro do meu ego desintegrado,
e esbanjando a falsa sabedoria de se viver plenamente.

Sou capaz de não suportar o meu destino à independência,
pois do toque que me excita a pele serei extinta e
do rumo remanescerá a calada.
O silencio me seduz,
mas desse sossego eu desconheço
e a desilusão me produz pusilanimidade.
Porém, talvez, algo benévolo desabrochará,
e assim a evolução poderá reinar apaziguademente em mim.