quarta-feira, 18 de novembro de 2009

6º degrau

A angústia e o desejo cada vez mais a dominava, ela não sabia mais o que fazer, ela só queria fugir dos pensamentos que a controlavam. Ela chorava pelos princípios tomados, ela cobrava da vida uma explicação, quem sabe uma razão para a dor que sentia a dor não passageira, e que a consumia a cada noite e a cada dia. De casa ela não saia mais, se refugiava do mundo e se escondia de seus próprios passos, se trancando num beco sem saída. Tinha medo do que o futuro a guardava tinha medo de sofrer constantemente naquele seu mundo completamente paralelo e distinto das poucas pessoas das quais ela ainda se recordava. Ela passou a fumar a procura de um pouco de calma e paz, mas a saudade a atormentava. Inverno, primavera, verão ou outono, a saudade estava lá, gritando em seu pensamento, chamando pelo nome dele. Ela passava todas aquelas noites frias em claro, sentada naquele mesmo 6º degrau da escada de sua casa, era o único lugar que a assegurava, o único conforto pelo o qual ainda conhecia. Talvez ela se lamentasse pelos erros ou talvez ela sofresse por uma segunda chance, a qual a vida não havia reservado para ela, talvez o amor dele fosse à única coisa que poderia a salvar naquele momento.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

folhas secas


Hoje é outono, e as folhas secas estão saindo de seus eixos, estão caindo representando um fim para um novo começo. Talvez a troca por novos sentimentos ou problemas. E eu aqui parada, com os cabelos dançando conforme o ritmo do vento, fico observando as folhas secas sendo levadas pelos caminhos sem rumo, queria que o vento pudesse me levar também, quem sabe para o alto de uma montanha, em uma nascente, uma nascente de felicidade. Sonhos se transformam em pesadelos, amor se transforma em ódio e as certezas de antes se transformam nas incertezas de agora. O sol se esconde diante do horizonte, me chamando e visando que é hora de voltar para a casa. Eu sento em minha bicicleta e sigo na direção do vento, pelo caminho, como uma folha seca a procura do belo e simples movimento. E sem duvida nenhuma tentarei não voltar para a casa até o fim do outono.

domingo, 15 de novembro de 2009

desocupados

Se as pessoas se preocupassem um pouco menos com a vida dos outros e se preocupassem mais com as suas próprias vidas quem sabe hoje não teríamos um mundo melhor com pessoas melhores. O hobby virou fofocar, reparar, invejar, medir, comparar..o mundo humano está completamente desumano. Julgam os outros. Um querendo ser superior e melhor que os outros. Muita falsidade, pessoas que usam e se aproveitam dos outros para conseguirem o que querem e depois o ''jogam'' fora como se fossem lixo. Ninguém mais para pra pensar nas atitudes, nos erros cometidos, nos maus feitos para tentar consertar-lo. Então não venha me falar o que é certo e o que é errado, pois da minha vida quem cuida sou eu, eu aceito ajuda e não intrometidos. A vida é uma grande batalha, onde só os fortes, nobres e puro de alma e coração saiem vivos e satisfeitos com a conquista da vitória.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Devolva minha felicidade

Os dias estão tão cansativos e parece que demora um inverno inteiro para passar, esfriando e congelando o meu coração , seguindo seus lentos batimentos que a cada momento se encontra mais perto de parar. Minhas feridas não se cicatrizam, minha vida não se organiza, e eu não volto ao normal. Desde quando você se foi eu sinto a corrente fria que entra pela porta que você deixou aberta sem ao menos um porque. Mas, sinceramente eu não me importo com você, você foi o culpado, foi quem fez o meu mundo desandar, e eu não te dei essa liberdade para mexer na minha confusão. Eu deixei você entrar na minha vida e você me ensinou a te amar sem me pedir licença, e agora você saiu dela sem me ensinar a te esquecer e isso se transformou numa frieza que corre dentro de mim e que aos poucos está me matando por dentro. Posso não ter sido feita pra você, mas eu sei com todas as palavras que você foi feito pra mim. E antes de partir para sempre, porfavor, traga me de volta a minha felicidade e me devolva os meus sentidos de viver.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

sonhos de papel

Porque não voltar correndo e falar que tudo não passou de um engano? Que o rumo que escolheu não faz sentido se não for comigo? Eu te deixo pegar a minha mão e me levar junto a ti. Eu podia ficar olhando fixamente para o seu rosto até o fim dos meus dias, escutando o ritmo da sua respiração me fazendo perder todos os sentidos e te trancar no meu mundo junto a mim. Querido, esses são apenas cansativos sonhos de papel, e eu não sei como deixei isso chegar tão longe, mas certamente você pode ter algum conforto sabendo disso. Quando estou sozinha o tempo passa tão lentamente e eu preciso de você aqui comigo para me salvar e me libertar dessa solidão.