quarta-feira, 18 de novembro de 2009

6º degrau

A angústia e o desejo cada vez mais a dominava, ela não sabia mais o que fazer, ela só queria fugir dos pensamentos que a controlavam. Ela chorava pelos princípios tomados, ela cobrava da vida uma explicação, quem sabe uma razão para a dor que sentia a dor não passageira, e que a consumia a cada noite e a cada dia. De casa ela não saia mais, se refugiava do mundo e se escondia de seus próprios passos, se trancando num beco sem saída. Tinha medo do que o futuro a guardava tinha medo de sofrer constantemente naquele seu mundo completamente paralelo e distinto das poucas pessoas das quais ela ainda se recordava. Ela passou a fumar a procura de um pouco de calma e paz, mas a saudade a atormentava. Inverno, primavera, verão ou outono, a saudade estava lá, gritando em seu pensamento, chamando pelo nome dele. Ela passava todas aquelas noites frias em claro, sentada naquele mesmo 6º degrau da escada de sua casa, era o único lugar que a assegurava, o único conforto pelo o qual ainda conhecia. Talvez ela se lamentasse pelos erros ou talvez ela sofresse por uma segunda chance, a qual a vida não havia reservado para ela, talvez o amor dele fosse à única coisa que poderia a salvar naquele momento.

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