quinta-feira, 9 de abril de 2015

tais cachos

Cintilantes cachos desatinados
refletidos pelos raios do desgostoso Sol,
o qual se acovarda pela distância,
e o admira apenas pelo toque de seu ardor.

Dias temidos são aqueles em que as Nuvens decidem dançar...
O Sol se cobre e seu querido não pode mirar,
mas azar é das nuvens por sua pele não conseguir tocar,
restando o descontentamento com a sorte
de poder somente apreciar tais cachos,
os reclamados pelas divindades naturais.

Pertinaz mesmo é a Lua que enfeita o firmamento
enquanto o Sol se põe a cantar.
Invasiva e aflita o saudá com um nostálgico luar.
De imediato, almeja sua pele acariciar,
e quando ele se deita ora para sua janela jamais fechar.
Antes toda sombra fosse decorada pela Lua cheia,
é quando ela se veste por completa de graciosidade para aqueles cachos amar.

Conforme a claridade padece as estrelas se deitam para
os airosos cachos contemplar.
Zelam seu amor ricas de ciúmes pela iluminação da cidade
atrapalhar os olhos daquele que arduamente consegue as enxergar.
Mas é no entreabrir dos olhos que lá no alto do morro
bilhões de Estrelas se juntam,
para a existência destes singelos cachos festejar.

A morada calada dos ninhos intercala sua passada,
seu silêncio jamais foi temido
por versos de ternura não se poder pronunciar.
Satisfeita é, apenas, por seu caminho assegurar,
junto as raízes que se contentam em seu peso suportar.
Admira desde sua copa aqueles belos cachos bailar
ao ritmo do vento que os sopram em direção ao mar,
o qual pelo universo é invejado por seu corpo abrigar.

Toda sua imensidão
é capaz de sentir aquele desejado corpo se refrescar,
e pela sua grandeza,
que seu esconderijo nunca foi descoberto pelas incansáveis
viagens de uma perdida sereia,
a qual não se afadiga em procurar,
ela percorre Mar adentro por aqueles cachos sem desesperançar,
os quais sempre sonhou,
e que talvez por um instante,
o egóico mar insiste em faze-los se desencontrar.

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